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A cultura da cena

Os encontros, os movimentos, as conversas, as ideias fervilhando na cabeça. Quatro mochilas, alguns cabos, os cartões de memória e os carregadores nas tomadas. Ah, a rotina. Toda sua complexidade em três ou quatro atos ensaiados mentalmente numa agilidade duvidosa para se confrontar com todas as armadilhas que a rotina nos apresenta. Para cozinhar a gema da TV OVO, a receita é básica. Os ensinamentos das cabeças brancas do audiovisual e um maço de apaixonados pelo áudio e vídeo. Mistura que proporciona pratos da mais fina culinária. E é culinária local, todos os ingredientes vivem, transitam e contam histórias de Santa Maria.

Nas últimas semanas, a gema da TV OVO tem vivido a cultura da cena. Um dos pratos clássicos da casa. Um emaranhado de histórias e lugares que começa a ganhar  recortes, medidas e enquadramentos que dão vida aos roteiros. O resultado são registros que retratam o que a cultura da cidade grita por meio de uma variedade de rostos, manifestações e relatos. A cultura vira a cena. Tudo se entrelaça e se alimenta.

Nessa rotina de sair da casca, ouvir e captar o que os entrevistados têm a contribuir é que nos deparamos com os contrastes. O desafio é conseguir construir um roteiro que busque mostrar a variedade e a complexidade do mundo das artes visuais, suas raízes e ramificações aqui em Santa Maria. Dessa forma, é que o contraste de mundos e vivências nos abraça e nos estimula para produzir o Cena Cultural – Artes Visuais.

Gravação do Cena Cultural - Artes Visuais com Braziliano
Gravação do Cena Cultural – Artes Visuais com Braziliano

Os primeiros personagens que se somaram à receita já nos ofereceram o abraço dos contra-mundos. Tendo como plano de fundo a rodoviária e seu universo de cores e formas, o Antônio, ou melhor, o Braza, trouxe na bagagem inúmeras histórias e aventuras nos campos das artes, que ganharam vida em painéis e quadrinhos. Mas o tempero especial desse artista visual da cidade é sua variedade de expressões que destilam uma mistura de cores e personagens pelas ruas de várias cidades. Toda a efervescência e agitação de uma mente inquieta em interação com o tempo frenético em que vivemos.

O segundo personagem, uma personalidade da cidade – Guido Isaia. Empresário e um apaixonado pelo registro. Detentor de um acervo de câmeras e fotografias que deixa boquiaberto qualquer apaixonado pela arte. Os mais de 50 anos tendo a fotografia como hobbie renderam para ele muitas histórias e aprendizados pelos obturadores e pela técnica fotográfica. Da sacola cheia de lâmpadas para acionar o flash aos banhos dos reveladores de fotografias do estúdio no fundo de quintal, tudo isso faz parte do repertório de uma memória viva e atenta.

Ah, a rotina, o contraste, os personagens, as histórias… Mas, não dá pra esquecer do ISO, do balanço de branco, da velocidade e abertura, o aúdio, os ruídos e as  quatro mochilas de equipamentos. Toda sua complexidade em alguns atos ensaiados mentalmente numa agilidade duvidosa. Essa é a nossa cultura da cena. O movimento da gema.

Por Renan Mattos e Julia Machado

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