A “Mostra de Independência do olhar” é uma proclamação de liberdade cultural. Com o audiovisual, uma das grandes ferramentas de criação de um olhar sobre a própria realidade, mais de 300 alunos passaram a pensar sobre as imagens em movimento que os cercam.
A mostra é o resultado das “Oficinas de Formação Básica”, do Pontão FOCU/TV OVO de Fomento Cultural. São obras de aprendizado, de contato com a produção e com a linguagem audiovisual. Mas, acima de tudo, são obras que proclamam o ponto de vista dos alunos sobre suas realidades contemporâneas.
O FOCU movimentou mais de 50 pontos de cultura, 7 cidades no Sul do país, e envolveu profissionais dos mais diferentes campos do audiovisual. A “Mostra de Independência do Olhar” é a celebração de uma busca por olhares autênticos, por realidades e imaginários próprios, e pela criação de uma rede criativa de produções audiovisuais no Sul do pais.
A mostra foi organizada para acontecer de forma simultânea nas 7 cidades pólos onde aconteceram as oficinas de formação audiovisual do Pontão FOCU de Fomento Cultural. Entre as cidades que farão a mostra de forma simultânea estão Santa Maria, Rio Grande, Porto Alegre, São Francisco do Sul, Jaraguá do Sul, Joinvile e Curitiba.
Programa
“Mostra de Independência do Olhar”
“Quilombo Silva” (Porto Alegre, 14’, ficção)
Roteiro: Sérgio Valentim e Thaís Fernandes Direção: Sérgio Valentim
Sinopse: A luta quilombola por reconhecimento no Brasil representada pelo Quilombo da Família Silva, é contada neste documentário etnográfico que revela história de resistência dessa comunidade que reside há mais de 80 anos no bairro três figueiras em Porto Alegre. Com a especulação imobiliária e o crescimento da cidade, a comunidade ficou ilhados entre prédios e condomínios de luxo em uma das áreas mais “nobres” do estado do Rio Grande do Sul.
“Patricia” (Curitiba, 6’, ficção)
Direção e roteiro: Milene Lopes Dias
Sinopse: Quantos que andam apressados pela rua não têm algo muito importante a saber? Minutos de tensão e um resultado vital.
“Trânsito” (Florianópolis, 10’, híbrido (Documentário e ficção))
Direção e roteiro: Révero Ribeiro
Sinopse: “Trânsito” é um curta que discute a mobilidade urbana e o consumismo que pauta nossa sociedade. Misturando imagens documentais e ficção, o video procura fazer o espectador pensar nas relações humanas e nas condições de vida nas cidades. Fruto de um exercício, o curta se permite a experimentar com a linguagem do audiovisual e construir uma narrativa principalmente através das imganes.
“Marieta” (Porto Alegre, 12’, documentário)
Roteiro: Eleonora K. Spinato Direção: Eleonora K. Spinato e Tiago Rodrigues
Sinopse: Marieta, moradora do Asilo Padre Cacique em Porto Alegre, extravasa feminilidade dançando e cantando com seus colares e roupas floridas. A cantora e dançarina da Radio Difusora e Cine Castelo , brinca com as palavras, joga com a memória restaurando o sentido do tempo vivido Em seu quarto, organizador das lembranças , tece sua teia que estende sobre a cama e alimenta o sono, os sonhos e a vida.
“Vida de coelho” (Santa Maria, 13’, ficção) Direção: Jean Andrade
Sinopse: A vida do cara é daquelas que merece a frase “que vida de merda!”. Desempregado, alcoólatra e fazendo bicos humilhantes. O que mais poderia acontecer para as coisas ficarem ainda piores? Algum resultado indesejável, depois de um dia de árduo trabalho, talvez.
“Chá de fita” (Londrina, 7’, ficção) Roteiro e direção: Fabricio Borges
Sinopse: Baseado em lenda urbana, Chá de fita é uma lisérgica viagem pela mente de uma senhora católica, fiel ouvinte de rádio.
“Outra História” (Rio Grande, 12’, híbrido (documentário e ficção)) Roteiro: Equipe ArtEstação Direção: Law Tissot
Sinopse: “Outra História” mostra diferentes reflexões a respeito do lixo e da poluição na cidade do Rio Grande, a partir dos depoimentos dos moradores e ativistas ambientais.