Tragédias e/ou desastres sociais impactam a todos, independentemente da proximidade geográfica ou de afeto. Esse impacto pode, sim, ser em maior ou menor grau. Ao impactar, estamos falando sobre reações pessoais, isto é, o modo como o psicológico é afetado e também como a memória individual e coletiva é trabalhada, já que aquela existe a partir desta. Maurice Halbwachs diz que a memória individual está relacionada às percepções produzidas pela memória coletiva.
Entre as diversas atividades previstas para os dias 26 e 27 de janeiro, que assinala os quatro anos do incêndio na Boate Kiss, está a conversa pública com o professor Márcio Seligmann-Silva “Memória coletiva, trauma e reconstrução”, que discutirá a memória social, a noção de coletividade e a relação com os traumas para que a tragédia de Santa Maria não caia no esquecimento, para que aprendamos com ela e para que não haja receio de falar sobre ela. É um movimento para enfrentar a dificuldade de lidar com as marcas que o incêndio deixou em todos.
Vamos participar. Essa história é todos nós.
Mais informações na página do Facebook Janeiro 27 e no evento Janeiro 27 | 4 anos| Memória e Futuro