Os integrantes da nossa equipe, Denise Copetti e Paulo Tavares, a convite da Escola Cristã de Educação Política (ECEP), falaram sobre a TV OVO num debate sobre mídia popular, no último sábado, 26.
A conversa começou com uma contextualização dos movimentos populares e sindicais dos anos 90, interligando as discussões que haviam na época sobre comunicação comunitária com o surgimento da TV OVO. A apresentação desse contexto serviu para abordar a realidade da região Oeste de Santa Maria, em especial a Vila Caramelo, onde deu-se o início da associação sem fins lucrativos com atividades e oficinas de vídeo voltada para jovens.
Denise e Paulo também falaram das parcerias que foram e são essenciais para o trabalho da instituição acontecer, tais como TVE/RS no início dos anos 2000, convênios com o Ministério da Cultura, e parcerias com o Canal Futura e TV Brasil ao longo dos 23 anos de atuação. Ainda, eles abordaram projetos já desenvolvidos da TV com a proposta de mídia popular como o TV na Rua, proposta de produção de programa jornalísticos voltado para as comunidades; o TV OVO no Ônibus, que esteve na ativa por 13 anos circulando por diferentes linhas do transporte coletivo da cidade; o Ponto de Cultura Espelho da Comunidade, responsável pela formação audiovisual de adolescentes em oficinas realizadas na Nova Santa Marta, na Nonoai, na Tancredo Neves e na Cohab Fernando Ferrari; além de sessões itinerante de cineclubismo e exposições colaborativas.
E a apresentação encerrou com o apontamento das ações desenvolvidas atualmente na TV OVO, que contam com apoio da lei de incentivo à cultura, como o Por Onde Passa a Memória da Cidade, responsável pela produção de documentários para o registro da memória; o Narrativas em Movimento, que propõe colóquios e workshops para formação audiovisual; o Sobrado Centro Cultural, projeto de restauração do casarão centenário; e o Olhares da Comunidade, que leva oficinas de audiovisual para escolas públicas.
Foi neste último que se concentrou o debate após a apresentação, já que o Olhares da Comunidade instigou os participantes a pensarem na importância e em como criar espaços de discussão para que os jovens possam se manifestar e falar das questões que os acompanham na adolescência, como preconceitos, problemas familiares, vida afetiva, amizades, opção sexual, sonhos, desejos e escolhas.
Por Thaisy Finamor