Em 2016 nós rebobinamos as fitas. A comemoração dos 20 anos da TV OVO nos trouxe a oportunidade de rever e recontar a nossa própria história – logo nós, entusiastas da história do outro. Direcionar luzes e câmeras para nós mesmos só nos mostra que estamos refletindo exatamente o que não exatamente planejamos duas décadas atrás, mas que acreditávamos: a comunidade. Em vídeo, nosso precursor Paulo Tavares explica que a TV OVO nada mais é do que “suor, lágrimas e sorrisos”.
O ano de 2016 nos mostrou que “suor, lágrimas e sorrisos” (necessariamente nesta ordem) contam não só a história da TV OVO, mas a história do mundo, que é feito de pessoas. Talvez seja assim que as coisas funcionam. Foram anos de suor – e, se tivermos sorte, ele segue conosco enquanto estivermos aqui. Depois de tantas lágrimas, hoje a TV OVO é só sorrisos, pois sonhamos com a restauração do nosso casarão e futuro Sobrado Centro Cultural. Eu, Manu, também fiz 20 anos em 2016. Acredito que eu e a TV OVO estamos em uma fase muito similar de nossas vidas: apesar de todas as dúvidas, já somos grandes o bastante para ter certeza de que queremos ser a melhor versão de nós mesmos. A gente já não se cobra tanto e nem quer conquistar o mundo, mas se os pés no chão são um presente da idade, a capacidade de sonhar continua sendo a nossa maior e melhor qualidade.
Fitas rebobinadas… É hora de apertar o play. A trilha sonora de 2016 não foi de paz e amor, mas não importa o quão ruim uma música seja: vai terminar em poucos minutos. Ufa! Nessa sequência aleatória da qual não temos controle, respiramos fundo e acreditamos que a próxima canção sempre vai ser melhor que a atual. Suor, lágrimas e sorrisos. Suor, lágrimas e sorrisos. Suor, lágrimas e sorrisos. Quem sabe o mundo não pula da era das lágrimas para a era dos sorrisos no próximo dia 1°?
Seja bem-vindo, 2017! E que a nossa missão não seja só a de registrar histórias de dor ou de luta. Neste fim de ano, queremos usar a metáfora do registro audiovisual para lembrá-los de duas coisas:
– Tanto as histórias boas quanto as ruins, em algum momento, acabam, o que permanece é a memória.
– É preciso registrar ambas e não se esquecer de revê-las, porque é olhando para a nossa história que lembramos quem somos e para onde vamos.
Está difícil acreditar na humanidade e no seu poder de transformação? Dá uma olhada nas nossas produções, temos certeza que será fácil encontrar relatos que inspiram.
Obrigada a todos que participaram e prestigiaram os nossos 20 anos! Voltamos à programação normal: nós somos melhores atrás das câmeras, porque o mundo está cheio de histórias chamando por nós.
Paz, audiovisual e boas memórias! Seguimos!
Por Manuela Fantinel