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Quando as barracas fecham

O número de pessoas que circula numa praça central normalmente é grande e é por isso que muitos discursos políticos e declamações de poemas foram realizados nesse local em várias épocas. Na Praça Saldanha Marinho, o contingente aumenta de forma considerável durante o período de funcionamento da 37ª Feira do Livro de Santa Maria. Das 13 horas até às 21 horas, os apreciadores da leitura, grupos escolares ou apenas quem decidiu saborear uma cocada do João nos quiosques de alimentação, lotam a Saldanha Marinho.

Entretanto, por volta das 21 horas, os vendedores de livros começam a guardar as edições, as barracas são fechadas e rapidamente o local se esvazia. Agora iluminada pelos postes e lâmpadas, a praça é o foco dos olhos atentos dos vigilantes noturnos. Com a tarefa de zelar as barracas e livros, os aparelhos sonoros e a praça de alimentação, os quatro vigias trocam a noite pelo dia para fazer seu trabalho.

Com 30 anos de profissão, o vigilante Rogério Rodrigues, responsável por cuidar o palco onde ocorrem as apresentações teatrais e o Livro Livre, afirma que ‘’à noite, se vê de tudo. ’’ Jovens saindo de clubes das proximidades, moradores de rua, pessoas embriagadas ou sob efeito de entorpecentes atravessam a praça ou passam algum tempo perto do coreto central. No entanto, Rodrigues diz que não há problemas com nenhum desses freqüentadores enquanto ele faz seu trabalho que, em suas palavras, é ‘’cuidar do bem patrimonial. ’’

Enquanto um homem entoava hinos cristãos, o vigilante Alceu Cavalheiro contou que a rotina de trabalho é bastante puxada. Cavalheiro fica encarregado de cuidar o corredor de barracas e os livros, bens preciosos da Feira, das 20 horas às 6 horas. Santa-mariense morador do bairro Salgado Filho, o trabalhador dormiu pouco nos últimos dias, já que foi chamado para fazer outros turnos em 5 dias consecutivos. Com 4 anos de profissão, Cavalheiro diz que financeiramente compensa pois ganha hora extra.

Durante o período noturno, os vigilantes também dão informações para curiosos sobre o funcionamento da Feira do Livro. As horas passam, a alvorada chega e há a troca de turno, quando esses vigilantes dão espaço aos próximos 10 trabalhadores. A Praça Saldanha Marinho se torna local de travessia e logo mais será palco de leitura, contação de histórias e conversas sobre o mundo literário. Afinal, nada melhor para uma praça.

Reportagem: Júlia Mello Schnorr

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