A 6° Feira de Economia Solidária do Mercosul e a 17° FEICOOP atraem comerciantes de todas as partes do Brasil e do exterior. Os países como Argentina, Uruguai e Chile trouxeram diversos representantes e com suas experiências as trocas de conhecimento e cultura se expandem nos estandes da Feira.
Trabalho com lã, artigos comerciais de empreendedores e artesanatos atraí quem passa pelas bancas e pode apreciar os produtos. A diversificação de línguas se mistura com culturas diferentes, mas a simpatia dos produtores facilita a comunicação.
A Uruguaia de San José, Sonia Dávila vem pela primeira vez à feira e tem boas expectativas de venda. Segundo ela, essa é uma experiência nova e que dependerá dos resultados positivos para retornar a Santa Maria. “Não vendi muito ainda, mas acho que vai melhorar” diz Sonia.
Já o empreendedor de Buenos Aires, Daniel Vera, 38 anos, esta pela segunda vez em Santa Maria. Suas experiências se estendem pelos países vizinhos, já que,segundo ele, participa de feiras no Brasil e Uruguai, além da Argentina.
Outro argentino que marca presença na feira é Ramon Fernandez, que traz a sua produção de bolsas para comercializar. Pela terceira vez vem a cidade e já compartilhou em outras feiras de Porto Alegre. Suas expectativas de vendas são boas, mas o clima não esta cooperando. “Queremos vender bem, mas o tempo não esta ajudando”, conta Fernandez. Ele ainda revela que sua vinda não é certa ano que vem, pois tem que dar oportunidade a outros comerciantes. “Queria vir, mas é bom que outros venham, já que, tem um intercâmbio cultural e comercial, uma boa experiência”.
O Fundo de Capital Social (FONCAP) presta assistência financeira a produtores de pequenas empresas Argentinas. Aqui no evento está representado por um dos diretores da FONCAP, Gabriel Barquero. “Fizemos plano de segmentos de negócios, administração e informatizamos os microempresários”, fala. Segundo Barquero existe uma luta para a regulamentação dos empreendimentos. “Lá está tudo uma bagunça”. Ele está na cidade para auxiliar e dar suporte aos empreendedores.
A integrante do grupo Novo Horizonte, Elaine Parcianello é uma das organizadoras dos estandes que foram disponibilizados aos estrangeiros. Ela conta que cerca de 70 locações estão sendo usadas para alojar os países vizinhos. Para ela, ajudar na organização é bom pelo intercâmbio cultural. “Eles buscam conhecimento através da nossa feira. Eles são muito legais, e de tudo isso o que fica é a amizade”, conta Elaine, que já participou de outras feiras no Uruguai e Argentina.
“Eles fazem mais por nós, do que nós por eles. Pessoas muito acolhedoras”,complementa Elaine.
Texto: Maurício Araújo
Fotos: Rômulo D´Ávila