Quarta-feira que vem é o dia do gaúcho. Já tem quase 30 anos que eu não moro mais no Rio Grande do Sul, mas todo ano, quando o 20 de setembro se aproxima, tiro onda[…]
Autor: Marcelo Canellas
O remetente antiquado
O carteiro da minha rua acho que se chamava Jair. Naquele tempo os carteiros vestiam um uniforme mais puxado para o cáqui, não era o amarelo berrante que usam hoje. Jair tinha um sacolão de[…]
O velho
O velho tinha a cara magra e alva, ornada por olhos de um azul diáfano e triste. Olhava como se doesse, como se a luz turquesa de sua mirada fosse a fagulha renitente de um[…]
Crônica do amor desencontrado
Há no amor um tempo insondável, etéreo e fugidio, impermanente e impalpável. Eu te vi agorinha, sinto a luz ainda quente dos teus olhos, embora isso tenha sido há anos. Eu não sou mais quem[…]
O belo na feia cicatriz
Cidades são como pessoas. Têm cara, fisionomia. É certo que umas têm gênio forte e outras são frouxas e sem graça. Umas são soturnas e rabugentas, outras alegres e luminosas. Mas cidade é feito gente, vai formando[…]
Memória*
Tenho uma caixa cheia de caderninhos. Sou repórter à antiga, dos que ainda rabiscam num papel. Não uso iPad e não tenho Twitter. Pensando bem, eu até poderia estar twittando num iPhone, porque minhas anotações certamente não[…]